terça-feira, 4 de novembro de 2014

Adimplencia


O adimplente era um cara que pagava as contas em dia. Sem atraso, sem enrolação. Metódico, quase burocrático. Nem por isso deixava de lado a inspiração. Essa, na verdade, era o combustível de tudo isso.  Nunca deixava as coisas para depois. Jamais foi procrastinador, mas raramente precrastinava. Só fazia. Crastinar é fazer. Um gênio uma vez disse: uma obra atrasada pode, eventualmente, ser boa. Uma obra ruim é uma obra ruim. Mas todo mundo diz muita coisa. O que impede alguém de ser adimplente? Um homem é tão feliz quanto sua capacidade de resolver seus próprios problemas. O adimplente foi o cara que parou de ser inquilino de si mesmo, decidiu ser feliz.

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